Minha alma, eterna peregrina...


No espesso nevoeiro, minha alma vagueia...
Emerge das sombras...
Uma linda visão!
Carrega a tristeza do meu coração.
Eterna peregrina...
Sôfrega, busca entre os obstáculos, cessar minha inquietação.
Os corvos anunciam minha dilaceração...
Nos olhos, apenas lágrimas de sangue.
Sinto a languidez do meu corpo...
Ah! Minha companheira!
Traga-me o remédio para a minha cura!
Eterna peregrina...
Alivia-me deste peso!
Faça das minhas angustiantes e tenebrosas noites,
Dias eternamente ensolarados.
Na suavidade do seu caminhar,
Envolva-me com o seu manto e deixe-me novamente sonhar!
Minha alma, eterna peregrina, faça em mim o amor brotar!

 Márcia Ramos

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