Às vezes...
 
Às vezes sinto-me como uma criança
Carrego na bagagem a inocência
No coração a esperança
Na alma, a dor de uma ausência.
 
Pacientemente fico a esperar
Na garganta um grito que não quer calar
Nem as lágrimas conseguem me acalmar
Preciso deste sentimento abdicar.
 
Amor que oprime
Inconscientemente, deprime
Mas que aquece o meu ser de forma sublime.
 
Às vezes sinto-me como uma criança
Que precisa de amor e segurança
Por isso, não consigo tirá-lo da minha lembrança.
 
Márcia Ramos

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